Literatura Sobrevivencialista

Literatura acadêmica brasileira sobre Sobrevivencialismo e Preparação para cursos e estudos de Sobrevivência em Qualquer Ambiente.

Livros sobre Sobrevivencialismo

Introdução ao Sobrevivencialismo – 6ª Ed.

Capa do livro: Introdução aao Sobrevivencialismo.

Material didático introdutório do Curso Livre em Formato Acadêmico sobre Sobrevivência em Qualquer Ambiente.

Esse livro introdutório lança os conceitos e fundamentos para o entendimento do sobrevivencialismo, sua filosofia, princípios e valores, focando principalmente em situações envolvendo autossuficiência, subsistência, sobrevivência, segurança, assim como nos sistemas urbanos que funcionam nas cidades brasileiras.

Autor: Lúcio Resende

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Psicologia da Sobrevivência – 4ª ed.

Livro: Psicologia da Sobrevivência

Este livro trata de assuntos de suma importância para a sobrevivência humana em qualquer ambiente, pois além dos assuntos comuns aos manuais militares de sobrevivência, que abordam a psicologia de indivíduos sozinhos, isolados, essa lição aborda os problemas de convivência tão comuns que não deveriam ser ignorados por nenhum manual de psicologia de sobrevivência.

Autor: Lúcio Resende

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Sobrevivência em Grupo – 3ª ed.

Capa do Livro: Sobrevivência em Grupo

Nesse livro, você estudará sobre: como sobreviver em grupo; a diferença entre grupo e equipe; quais as vantagens de se organizar em grupo; a organização do espaço; os tipos de pessoas num grupo; onde e como encontrar e recrutar pessoas; como organizar um grupo de sobrevivência; como deixar as pessoas preparadas sem criar resistência; como elaborar um plano de treinamento; quais normas o grupo deve seguir; como evitar imprevistos; se e como uma hierarquia deve ser estabelecida; como interagir com autoridades e outros grupos; como e quando dissolver o grupo; ensino doméstico, sobrevivência para grupos especiais: sobrevivência para prematuros; sobrevivência para bebês; sobrevivência para crianças; sobrevivência para mulheres; sobrevivência para pessoas com necessidades especiais ou mobilidade reduzida; sobrevivência para pessoas idosas; sobrevivência para pessoas enfermas.

Autor: Lúcio Resende

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Treinamento e Preparo Físico para a Sobrevivência – 3ª ed.

Capa do livro: Treinamento e Preparo Físico

Material didático do Curso Livre em Formato Acadêmico sobre Sobrevivência em Qualquer Ambiente. Essa lição trata do assunto ‘Treinamento e Preparo Físico’.

Esse livro foi escrito com o objetivo de despertar os preparadores para a necessidade de se praticar atividades físicas ou esportes que desenvolvam habilidades e técnicas específicas muito necessárias em situações de emergência ou sobrevivência, desenvolver todas as capacidades motoras do treinando em todo o corpo e manter uma rotina de exercícios que o deixe constantemente preparado. O texto orienta o leitor na escolha dessas atividades para que ele tenha embasamento para conversar com educadores físicos e personal trainers, além de orientar na escolha de 50 tipos de equipamentos portáteis para treinamento físico, os quais podem ser utilizados dentro ou fora de casa. Seja forte para ser útil!

Autor: Lúcio Resende

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Equipamento para Sobrevivência e Atividades ao Ar Livre – 3ª ed.

Capa do livro: Equipamento para sobrevivência e atividades ao ar livre.

Material didático do Curso Livre em Formato Acadêmico sobre Sobrevivência em Qualquer Ambiente. Essa lição trata do assunto ‘Equipamento para Sobrevivência e Atividades ao Ar Livre’.

Para o que você gostaria de estar mais preparado? Para os piores ou para os melhores momentos? Será se há muita diferença na preparação para esses dois extremos? Ou existe algo em comum, que pode ser útil tanto para o lazer quanto para um desastre? Que tal estar preparado para qualquer situação, evitando que sua aventura se transforme numa tragédia? Imprevistos não dependem de nossa escolha, equipamentos sim. Esteja preparado!

Este livro é um verdadeiro guia de compras de equipamentos. Nele você encontrará listas prontas de equipamentos e kits padronizados para sobrevivência e atividades ao ar livre, tais como: abrigo, fogo, captação e purificação de água, alimentação, manutenção, orientação, sinalização, iluminação, E.P.I., comunicação, cutelaria, sobrevivência, pesca, camping, bushcraft, primeiros socorros, remédios, higiene pessoal, mergulho, montanhismo, resgate, informação, segurança e defesa pessoal, desastres, fuga de carro, moto ou bicicleta, energia elétrica, e viver fora do sistema. Neste livro você também aprenderá como deixar bolsas, mochilas e veículos preparados para uma viagem, fuga ou aventura; e para concluir, um glossário sobre tecidos, roupas e calçados especiais para a vida ao ar livre.

Autor: Lúcio Resende

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Comunicação Estratégica para a Sobrevivência – 3ª ed.

Capa do livro: Comunicação Estratégica para a Sobrevivência.

Nesse livro, começamos com a teoria da comunicação, que é comum a todos os tipos de comunicação. Também tratamos sobre linguagens e códigos como o código Morse, código Q, e outros. Em seguida, estudamos algumas tecnologias de gerações diferentes que podem ser muito úteis em situações de emergência, segurança ou sobrevivência, com destaque especial para o radioamadorismo, pela sua abrangência e independência de infraestrutura pública. No radioamadorismo, além da tecnologia, também estudamos, além de operação de rádio, a ética e a técnica operacional, matérias básicas para a obtenção do Certificado de Operador de Rádio Emissão com a LABRE, Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão. Na Bibliografia, você encontrará dezenas de obras complementares para quem quer se aprofundar em tecnologias da comunicação, principalmente no radioamadorismo. O glossário está muito rico em termos técnicos indispensáveis para um bom domínio do assunto. No apêndice, você encontrará um texto sobre o Sistema Urbano de Comunicação.

Autor: Lúcio Resende

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Segurança Pessoal e Residencial – 3ª ed.

Capa do livro: Segurança Pessoal e Residencial.

Nesse livro, você vai estudar um pouco de segurança privada aplicável a indivíduos e pequenos grupos de indivíduos. Começamos com violência no Brasil, um pouco de estatística de segurança pública brasileira, então abordamos algumas teorias básicas de criminologia, passando a estudar os atos de violência mais comuns e como se prevenir contra eles através de conhecimento de segurança pessoal, defesa pessoal, lutas e artes marciais. Em seguida você vai estudar sobre segurança residencial, além de receber uma lista com os principais equipamentos de segurança disponíveis no comércio. Os elementos pós textuais também estão bastante ricos em conteúdo e serão muito úteis para aqueles estudantes que quiserem se aprofundar no assunto, como o grande glossário, a bibliografia, os links da Internet e os vídeos.

Autor: Lúcio Resende

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Como lidar com a Polícia: um guia juridicamente correto – 3ª ed.

Capa do livro: Como lidar com a polícia.

Nesse livro, você vai estudar o básico que qualquer pessoa precisa saber para lidar legalmente com a polícia brasileira. O que é a polícia? Quais são seus valores? A polícia pode mentir? Podemos confiar na polícia? O que distingue a polícia civil da militar? Princípios gerais de Direito. Como a polícia usa a força? Quais são as forças policiais atuantes no Brasil? No que consiste o equipamento policial atualmente? Como chamar a polícia? Como denunciar um crime? Quais são as características e diferenças entre abordagem e busca? Como evitar problemas com a polícia? Quais são os direitos e deveres dos cidadãos e da polícia durante uma abordagem e uma busca? Para que serve a corregedoria ou ouvidoria de polícia? Os elementos pós textuais também estão bastante ricos em conteúdo e serão muito úteis para aqueles estudantes que quiserem se aprofundar no assunto, como a legislação, o grande glossário, a bibliografia, os links da Internet e os vídeos.

Autor: Lúcio Resende

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Bug Out, Evasão e Fuga – 4ª ed.

Capa do livro: Bug Out, Evasão e Fuga.

Material didático do Curso Livre em Formato Acadêmico sobre Sobrevivência em Qualquer Ambiente. Essa lição trata do assunto ‘Bug Out, Evasão e Fuga: como se preparar para uma fuga bem-sucedida’.

Em situações extremas, diante do risco de morte, é comum precisarmos tomar uma decisão repentina de “lutar ou fugir”. Assim como existem milhares de técnicas de luta, com a evasão ou fuga não é diferente. O deslocamento rápido com movimentos precisos pode ser uma condição para se enfrentar situações de sobrevivência, quando simplesmente sair correndo não é o suficiente ou nem é possível. Não confie em fantasias mentais infantis ou mesmo em sucessos do passado! Nessa publicação, você encontrará informações valiosas que te orientarão na preparação para bug out, evasão ou fuga. Esteja preparado!

Autor: Lúcio Resende

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Habilidades Úteis à Sobrevivência

Capa do livro: Habilidades Úteis à Sobrevivência

Nesse livro, estudaremos os 50 tipos de habilidades humanas que, em algum momento, podem fazer a diferença entre a vida e a morte. São habilidades específicas que, se corretamente desenvolvidas e continuamente treinadas, nos capacitarão a agir em favor de nossas vidas e de outras pessoas. Sem essas habilidades, você não está preparado. Prepare-se!

Autor: Lúcio Resende

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Os livros acima também podem ser adquiridos impressos através do Clube de Autores

Método de Preparação Pessoal Anti Ameaças, Crises e Desastres 3ª Ed.

Capa do livro: Método de Preparação Pessoal anti Ameaças, Crises e Desastres.

Preparação é o processo de tornar pessoas e ambientes prontos para responder a ameaças, acidentes, crises e desastres. Uma boa preparação deve incluir: aquisição de conhecimento, planejamento, gestão de segurança, expansão e atualização da rede de contatos, envolvimento de outras pessoas, acumulação de suprimentos, gestão de estoque de alimentos e suprimentos, aquisição de equipamentos, manutenção dos equipamentos, orçamento familiar, provisão orçamentária para a preparação, desenvolvimento de habilidades, treinamento e preparo físico para a sobrevivência, treinamento constante. Como já dizia Benjamin Franklin, “Quem falha ao se preparar, prepara-se para falhar“.

Querer é poder? Não, preparação é poder.” Paulo Vieira (coach).

Nesse e-book muito especial, você está recebendo um Método de Preparação Pessoal Anti Ameaças, Crises e Desastres à vida humana, composto de muitas ferramentas lógicas adaptadas ou originais desenvolvidas especificamente para o acompanhamento do seu desenvolvimento como preparador.

Espere pelo melhor, mas prepare-se já para o pior.

Autor: Lúcio Resende

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Folk Code – um código de comunicação popular em português (pt-BR)

Capa do livro: Folk Code pt-BR, um código popular para comunicação cifrada independente de tecnologia.

Você já teve a impressão de estar sendo observado ou vigiado? Não é só uma impressão sua. A privacidade morreu! Diariamente, nossas informações pessoais são rastreadas, monitoradas e armazenadas na Internet e fora dela. Em algum lugar, alguém pode estar te vigiando e analisando seus passos em qualquer instante. Mas você não precisa entrar no jogo. Você pode fazer alguma coisa. Ganhe muito mais poder e privacidade para se comunicar com seu grupo, família ou equipe.
O Folk Code é um Código de Comunicação Sigilosa Independente de Tecnologia composto de 590 expressões pré-selecionadas a serem numeradas por você nos impressos formando uma chave numérica secreta exclusiva para seu grupo. Cada expressão será representada por um número. A combinação dessas expressões deve formar frases com sentido. Somente os números são enviados. Eventuais interceptadores de suas mensagens numéricas não terão condições de decifrá-las sem a chave secreta.

Autor: Lúcio Resende

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O que a evasão escolar tem a ver com o conceito de Bug Out, Evasão e Fuga

Evasão escolar tem aumento de 171% com a pandemia. Dados do IBGE indicam que 244 mil de 6 a 14 anos não estavam matriculados no 2º trimestre, um efeito direto da pandemia.

Em situações extremas, que envolvem risco de morte, o nosso instinto de sobrevivência faz com que a nossa mente entre no modo de lutar ou fugir, a fim de preservar a nossa vida.

Conforme for o nível de prontidão do indivíduo, o modo lutar ou fugir pode ser ativado na fase preventiva, ativa ou reativa.

O alarmismo da mídia em torno da pandemia, através da campanha em hipnose coletiva pelo “fique em casa”, induziu a audiência a entrar em modo de lutar ou fugir, movidos pelo medo da morte, quando tanto a maioria das escolas quanto dos alunos ainda não estavam preparados para o ensino à distância.

Uma outra situação muito diferente ocorre quando os alunos fogem da escola pulando o muro, por exemplo, por pura malandragem, ou por medo, ou movidos pelo espírito de aventura. Mas será se o instinto e a habilidade de lutar ou fugir podem ser orientados para as situações de real necessidade?

Uma coisa é a conveniência ou não de fugir em determinado momento; outra coisa é a capacidade de lutar ou fugir em caso de necessidade. Suponhamos que a escola fosse envolvida em algum desastre repentino, como um incêndio, ou algum tipo de atentado, será se os alunos estariam prontos para se defender, entrando no modo lutar ou fugir? Algumas escolas que já passaram por esse tipo de experiência já treinam os alunos para lutar ou fugir. A capacidade de lutar ou fugir pode salvar vidas, e isso não é menos importante do que a disciplina rigorosa dos alunos.

Toda escola que se preze e valoriza a vida de seus alunos deveria incluir em sua programação escolar aulas de primeiros socorros, combate a incêndio, Le Parkour, defesa pessoal, sobrevivência, escalada e rappel. As crianças adoram esse tipo de experiência, e isso pode contribuir para a valorização da escola, evitando a evasão escolar por desinteresse dos alunos.

Saiba mais sobre esse assunto lendo o livro: Bug Out, Evasão e Fuga

Sistemas Eletrônicos de Comunicação

A telecomunicação é um dos pontos cruciais para o sucesso de viagens de aventura, para locais remotos ou selvagens e expedições científicas. Com a comunicação garantida para quem deseja se embrenhar pelas selvas e rincões perdidos deste mundo, tem-se a segurança para qualquer ocasião. Antes de adquirir qualquer equipamento de comunicação via rádio, é importante consultar a legislação para verificar a necessidade de filiação ao respectivo órgão de classe, como a LABRE, e de licença da Anatel para a utilização do equipamento. Existem equipamentos para CB ou radioamador para a faixa de VHF, ideais para viagens curtas de final de semana, que são compactos e muito eficientes. Mas para expedições em lugares distantes, leve um bom equipamento de HF para a faixa de radioamador, em função da maior oferta de frequências, o que favorecerá as condições de contato. Certifique-se também com o consulado do país de destino, sobre as possíveis restrições ao uso de transceptores em seu território.

A principal vantagem dos serviços de comunicação como rádio cidadão (PX) e o radioamador é que eles não dependem de infraestrutura pública de telecomunicações (cabeamento, torres e antenas, etc.) para funcionar. Ao contrário, os serviços de telefonia e de Internet dependem de uma complexa infraestrutura de estações, cabeamentos e antenas para funcionar. Essa dependência de um sistema urbano sobre o qual não temos controle é contrária aos princípios e valores sobrevivencialistas como autossuficiência e independência. Isso não significa que a infraestrutura pública não deva ser utilizada, mas que devemos estar prontos para colocar em funcionamento serviços alternativos que nos dão maior autonomia, principalmente nas situações em que a infraestrutura pública de telecomunicações não estiver disponível ou funcionando. O radioamadorismo também nos dá a possibilidade de hackear os equipamentos, configurando-os conforme nossa necessidade. Outra vantagem do PX e do radioamador é o baixo custo de operação do serviço, uma vez que não pagamos tarifa por chamada ou consumo, pagando apenas as taxas de licença e taxa anual de fiscalização.

Saiba muito mais sobre assunto lendo o livro ‘Comunicação Estratégica para a Sobrevivência‘.

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Quais são as diferenças entre fuga, evasão e aventura?

Fugir é o ato de escapar do que te prende, se livrando e saindo às pressas de algum lugar, enquanto evadir é não se deixar ser pego ou recapturado por alguém ou algum animal. Uma fuga ou evasão real, não simulada, é cansativa e envolve emoções intensas, principalmente o medo, medo do que pode acontecer com a pessoa se ela não evadir ou se ela falhar. O medo bem controlado existe para proteger a vida do indivíduo. O pânico, ou medo fora de controle, coloca a vida em risco.

Tanto uma evasão quanto uma aventura pressupõem deslocamento. Apesar de que, em ambos os deslocamentos, evasão e aventura, o sentido do deslocamento é para fora do lugar-comum, saindo da rotina, enquanto a motivação da fuga ou evasão está no ponto de origem do deslocamento, onde há risco ou perigo, a motivação da aventura está no caminho e/ou no ponto de chegada do deslocamento, onde há risco ou perigo. Enquanto um aventureiro vai em busca por fortes emoções, um fugitivo procura se afastar das causas (risco ou perigo) de emoções fortes ou negativas relacionadas ao local de origem.

Diante de uma ameaça ou em situações de emergência, o desafio pode nos colocar numa encruzilhada entre lutar ou fugir. Alguns tipos de ameaças podem ser vencidos mediante a luta, porém há outros tipos que só podem ser vencidos mediante a fuga ou a evasão. Esse é o típico caso dos desastres que todo ano levam milhares de pessoas no mundo a abandonar suas casas, pois lutar sem recursos contra um grande desastre está fora de cogitação. Ambas as atitudes, lutar ou fugir, requerem o domínio de técnicas específicas, sem as quais muitas vítimas acabam vacilando e ficando paralisadas se expondo às ameaças. Assim como existem milhares de técnicas de luta, também existem técnicas de fuga e de evasão. Evadir pode não ser simplesmente uma questão de sair correndo quando há obstáculos pelo caminho ou quando a segurança da evasão requer cuidadosa preparação.

Dentre outros assuntos, no livro ‘Bug out, evasão e fuga‘, você encontrará as 21 situações ou condições que levariam alguém a não evadir numa crise ou desastre, assim como encontrará uma resposta para cada objeção.

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Introdução ao estudo de equipamentos

Equipamento é basicamente um conjunto de ferramentas, apetrechos e acessórios que adaptam e estendem as funções do corpo humano ao manipular o mundo físico ou abstrato. Ao se equipar, o corpo humano ganha novas funções, podendo tocar, moldar, cortar, serrar, costurar, construir, pintar, mergulhar, dirigir, voar, ou seja, sobreviver e exercer todo seu potencial criativo. O homem primitivo confeccionava suas ferramentas com fibras vegetais e animais, paus e pedras. O homem moderno já usa até ferramentas virtuais.

Viver ao ar livre, seja temporariamente ou continuamente, é com certeza uma das atividades mais prazerosas que podemos experimentar, mas também pode ser perigoso, principalmente se estivermos mal equipados ou despreparados.

Que tipo de pessoas são os preparadores ou sobrevivencialistas? São pessoas prevenidas. Sobrevivencialistas típicos são pessoas que geralmente não se satisfazem com um único tipo de lâmina, uma única lanterna, um único par de botas, ou uma única mochila de fuga, pois sabem que – “quem tem dois, tem um; quem tem um, não tem nenhum”.

Princípio da Redundância

Baseando-se no princípio da redundância, pode-se afirmar que, para tudo o que você realmente precisa, você deveria ter:

  • uma solução primária (1ª opção);
  • uma solução alternativa (diferente da 1ª);
  • uma solução de contingência (reserva);
  • uma solução de emergência (rápida).

E isso não é nenhum exagero se você considerar que qualquer dona de casa que se preze tem em seu enxoval mais de um jogo de talheres, diversos conjuntos de cama, mesa e banho, e qualquer pessoa com um mínimo de condições de vida tem diversas mudas de roupa.

No sobrevivencialismo, o princípio da redundância pode ser aplicado a todos os tipos de kit: cutelaria, primeiros socorros, remédios, iluminação, fogo, purificação de água, vestuário, etc.

Quão bem equipado você quer ou precisa estar? No livro ‘Equipamento para Sobrevivência e Atividades ao Ar Livre‘ o ajudará na aquisição, organização e preparação de seu equipamento e vestuário para viagens, sobrevivência e vida ao ar livre. Leve-o contigo quando for às compras.

Há capítulos sobre equipamentos e há capítulos sobre kits. Nos primeiros, a lista é mais abrangente, contendo tudo o que foi lembrado. Nos capítulos sobre kits, a lista é mais seletiva num sentido, por causa do espaço ocupado na bagagem, mas também pode ser mais abrangente no sentido de que pode conter algo além de equipamentos. Um remédio, por exemplo, não é um equipamento.

Essa classificação e organização precavida e precoce dos equipamentos em embalagens, vasilhames, sub-kits, kits e bolsas é de suma importância, pois nos momentos bug out, evasão ou fuga, nunca há tempo para composição criteriosa dos kits, e sua vida eventualmente pode depender disso. Também é muito importante checar e testar todo o equipamento em intervalos regulares a fim de se evitar surpresas desagradáveis. Somente a prática de se caminhar por longas distâncias com uma mochila pesada nas costas te dará a real noção de sua capacidade de carga e poderá também te levar à reavaliação da composição dos kits. Um bastão de caminhada pode ser muito útil nessa jornada.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Practical Preppers constatou que, no início de 2012, um terço da população americana tinha uma BOB – (Bug-out bag), ou seja, uma mochila pronta para a fuga. Nesta lição você aprenderá a escolher ou montar e preparar a sua BOB, e também aprenderá como preparar um veículo para a mesma finalidade.

Ao se preparar para qualquer atividade longe de casa, é importante levar em consideração que dois tipos de situação extrema podem surgir em ambientes remotos. Se você se perder no caminho ou se acidentar e precisar de ser encontrado por uma equipe de busca, cores berrantes, brilhantes e contrastantes com o ambiente podem te colocar em destaque, facilitando o trabalho da equipe de busca em te encontrar. É por esse motivo que boias e balsas salva-vidas marítimas são de cor alaranjada, pois é uma cor que contrasta bem com a cor do oceano. Uma situação de sobrevivência oposta a esta seria uma perseguição pelo inimigo, onde o perseguido não quer ser encontrado, procurando se camuflar no ambiente ou seguindo as diretivas do homem cinza, passando despercebido. Neste caso, vestimentas e abrigo nas cores do ambiente seriam preferíveis, assim como cores escuras à noite, evitando objetos brilhantes. Sabendo disso, os sobrevivencialistas mais experientes se preparam para ser ou não ser encontrados, providenciando vestimentas, objetos e abrigos para as duas situações opostas, tendo assim a opção de se exporem ou se ocultarem conforme a conveniência. Pense nisso ao adquirir e configurar equipamentos.

Para concluir, há no final desta lição um glossário de termos técnicos sobre materiais, tecidos, roupas e calçados que o ajudará muito na hora de escolher o vestuário.

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Modos de adaptação ao ambiente na sobrevivência

Quando somos questionados sobre o que é sobrevivência, uma das primeiras coisas que nos veem à mente é a adaptação ao ambiente. Nem sempre é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. Como sobrevivencialista, acho muito importante sermos capazes de ajustar nosso modo mental, fisiológico, comportamental e de estilo de vida a cada situação. As máquinas mais sofisticadas operam em modo automático, semiautomático ou manual, além de outros modos como básico, avançado, esportivo, econômico, etc. Seria interessante se fôssemos capazes de nos alternarmos de um modo para outro rapidamente como se fôssemos uma máquina ou carro. Mentalmente é até possível “virar a chave” de uma hora para outra, mas aqui não se trata de uma fuga mental. Fisiologicamente, não é possível a uma pessoa fraca ou destreinada, ficar fisicamente forte e mentalmente apta de repente sem o devido treinamento progressivo. Por esse motivo, deveríamos ser fortes, resistentes e mentalmente aptos continuamente. O desafio sobrevivencialista não consistiria em conquistar uma paz de espírito e satisfação pessoal, mas em estar continuamente preparado para responder a uma emergência, decidindo rapidamente se deve lutar ou fugir, por exemplo, e conseguindo executar a decisão tomada sem excessivo estresse físico ou mental. Por outro lado, há pessoas que têm um estilo de vida tão caro ou são tão consumistas que teriam dificuldade de entrar repentinamente no modo econômico por causa de dívidas assumidas e hábitos arraigados como nunca andar de ônibus, por exemplo.

Os Modos de Adaptação são momentâneos e individuais, o que significa que, mesmo dentro de um grupo homogêneo ou de um grupo de sobrevivência, cada indivíduo pode estar em um modo diferente do outro em cada momento. Também é importante compreender que os Modos de Adaptação não formam uma escala, pois não há uma sequência a ser seguida. Alguns modos podem ser combinados enquanto outros são incompatíveis ou antagônicos entre si.

Antes de partirmos para a descrição dos modos de adaptação, é importante lembrarmos a diferença entre condição e situação. Condição é um requisito que dá a alguém o poder de fazer algo, portanto, é um valor pessoal. Situação é um conjunto de características do local ou do ambiente, onde se situa a pessoa. Resumindo, condição é pessoal, situação é local.

Os 16 modos de adaptação estão descritos no livro: “Introdução ao Sobrevivencialismo

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Liderança para a Sobrevivência

Liderar um grupo heterogêneo de pessoas pode ser um desafio muito maior do que liderar uma tropa de militares ou escoteiros, por exemplo. Numa tropa militar, supõe-se que todos os soldados sejam homens, jovens, sadios, fortes, uniformizados e bem treinados, ou seja, o grupo é homogêneo, e ainda existe disciplina e subordinação hierárquica aos superiores. Um grupo de civis pode ser, por exemplo, um grupo de turistas, ou membros de alguma igreja, ou de funcionários de uma empresa. Esse grupo pode ser bastante heterogêneo, e nele pode haver pessoas de todo o tipo, por exemplo: crianças, bebês, idosos, mulheres grávidas, diabéticos insulinodependentes com a reserva de insulina no fim, drogados, hemofílicos, epiléticos, paraplégicos, cegos, surdos-mudos, excepcionais, aidéticos, criminosos foragidos, despreparados, atletas, autoridades, militares, religiosos, estrangeiros que não dominam seu idioma, rebeldes, mulheres histéricas, pessoas estressadas, medrosas, ansiosas ou deprimidas, etc.

Pior ainda se esse grupo for formado de pessoas despreparadas e não treinadas para a vida ao ar livre e sobrevivência em situações de risco em um ambiente hostil. Algumas dessas pessoas poderão se indispor a cooperar lançando toda a responsabilidade sobre o líder ou organizador da expedição. É sempre bom saber com que tipo de pessoas estamos lidando.

Pessoa difícil ou tóxica é aquela de relacionamento complicado e cujas características psicológicas a levam a causar problemas para outras pessoas. Ou ela é a fonte direta ou indireta do problema, ativa ou passivamente, ou ela aumenta o problema ou não coopera para a melhor solução. Para o psicólogo Frederico Mattos, “o que diferencia um comportamento razoável de outro patológico é a intensidade, frequência e grau de prejuízo que causa para a própria pessoa e os outros”.

Tipos de pessoas difíceis

Hostis agressivos, queixosos rabugentos desagradáveis, indiferentes calados, negativistas, sabichões, indecisos inseguros hesitantes, polêmicos, dissimulados, desconfiados, incompetentes, confusos, tímidos, chorões, constantemente descontentes, simplórios, curiosos demais, ciumentos, loquazes, fechados, egoístas, hipócritas, bajuladores, vaidosos, convencidos, pretensiosos, encrenqueiros, autoritários, emocionalmente instáveis, levianos, super agitados, pessimistas, azarados, chatos, agressivos, supersensíveis, desconfiados, ranzinzas, invejosos, grosseiros, preguiçosos, egoístas brutais, intrigantes, mentirosos, maliciosos, sarcásticos, cínicos, tolos, letárgicos, instantâneos, maníacos, super ordeiros, relaxados, mal humorados, impetuosos, fanáticos, trabalhadores compulsivos, esquisitões, excêntricos, psicopatas, esquizofrênicos, drogados, silêncio impossível, etc.

Piores tipos

Segundo especialistas em psicologia e psiquiatria, “os tipos de pessoas mais perigosas são: tolos, hipócritas e psicopatas”. KLUGE (1980, p. 175) [01]

Segundo o filósofo Olavo de Carvalho,[02] “você não precisa de má intenção para causar um estrago extraordinário; basta você lidar com algo que está acima da sua capacidade. O mal no mundo veio mais dessa origem do que da malícia consciente”. “Quanto menos capaz um sujeito é, tanto menos capaz ele é de avaliar sua própria incapacidade”. Não se consegue convencer um tolo ou provar-lhe alguma coisa com argumentos racionais. A tolice não é uma questão de falta de instrução. A tolice só pode ser combatida com mais tolice ainda. Por outro lado, segundo Mark Twain, “é mais fácil enganar alguém do que convencê-lo que está sendo enganado” [03].

“Quanto menos os homens pensam, mais eles falam” – Montesquieu [04]

Pessoas soberbas são muito orgulhosas e fechadas a informações que não dominam ou de outras áreas do conhecimento, desvalorizando-as e as pessoas que as estudam com argumentos ad-hominem [05], pois segundo eles mesmos, tudo o que eles não sabem “não existe ou está errado”, ou seja, são negacionistas de má fé. “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Pr. 16:18 [06]

Segundo KLUGE (1980, p. 175) [07], geralmente os hipócritas são exímios intrigantes. Misturando meias-verdades com “fatos” inventados, os mesmos conseguem ser bastante convincentes e conseguem indispor as pessoas entre si ou jogar um contra o outro.

Saiba mais sobre esses assuntos lendo o livro ‘Psicologia da Sobrevivência‘, de Lúcio Resende.

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  1. KLUGE, Heidelore. Aprenda a Conviver: Como Lidar com as Pessoas – As Regras do Jogo – Título original: Mitmenschen-Kompass. Ediouro, 1980. ISBN: 85-00-50132-4.
  2. Olavo de Carvalho. Disponível em: <https://www.youtube.com/user/olavodeca/videos> acesso em 25 Set. 2019.
  3. Pensamento de Mark Twain. Disponível em: <https://www.pensador.com/frase/MTE3NDUzNg/> acesso em 25 Set. 2019.
  4. Pensamentos de Montesquieu. Disponível em: <https://quemdisse.com.br/frase/quanto-menos-os-homens-pensam-mais-eles-falam/35744/> acesso em 25 Set. 2019.
  5. Argumentum ad hominem. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_hominem> acesso em 25 Set. 2019.
  6. Provérbios 16:18. Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf/pv/16/18+> acesso em 25 Set. 2019.
  7. KLUGE, Heidelore. Aprenda a Conviver: Como Lidar com as Pessoas – As Regras do Jogo – Título original: Mitmenschen-Kompass. Ediouro, 1980. ISBN: 85-00-50132-4.

Como preparar outras pessoas sem que elas percebam o motivo

Como deixar outras pessoas preparadas para desastres sem que elas saibam o motivo? Obviamente, não revelando o motivo; e você também não tem que ficar contando histórias de gato para os passarinhos, pois eles já saem voando só de saberem o título da história ou de verem a capa do livro! Alguns entram em pânico até mesmo com histórias de passarinhos! Histórias de gatos então, podem infartá-los. Ovelhas não gostam muito de cães pastores, pois eles se parecem com os lobos e vivem lembrando que há lobos lá fora. Vida de cão-pastor não é fácil! Cães pastores não se vestem de ovelha; os lobos, sim, pois assim podem viver no meio delas, cheios de lábias, serem idolatrados.

Se você quer mudar a mentalidade de um povo, mude o seu (do povo) comportamento”. – Prof. Olavo de Carvalho.

Venda o que o cliente quer e entregue o que ele precisa. Por exemplo, não convide alguém para um curso de natação por causa de desastres, inundação, dilúvio, etc. Convide-a para que ela possa aproveitar melhor o clube recreativo no fim-de-semana. Não diga a alguém para comprar um cão de guarda para segurança por causa da violência, mas por que os cães são os melhores amigos do homem, são inteligentes e divertidos, etc.

Ao preparar mochilas, valorize a praticidade dos kits prontos para viagens, e não ‘viaje’ nos desastres. Demonstre uma aplicação útil para cada nó e amarração que ensinar, começando pelos diversos tipos de amarração de cadarços de calçados, passando pelo nó de gravata, e avançando para escotismo, montanhismo, pesca, marinharia, caminhoneiro, etc.

Se a pessoa gosta de ler ou assistir filmes, sempre indique livros ou filmes que demonstrem claramente o valor das habilidades e da preparação como algo necessário para vencer os desafios que o mundo nos impõe.

Desperte o interesse das pessoas pelo grande valor que as habilidades tiveram na história da humanidade e na superação de limites, na valorização de cada indivíduo perante os demais, sendo útil de diversas formas diferentes em circunstâncias diversas.

Ou seja, …

Utilize sempre uma narrativa positiva!

Ninguém precisa esconder a verdade porque as pessoas já se escondem dela. E como disse Mark Twain, “É mais fácil enganar uma pessoa do que prevenir que seja enganada”.

Saiba mais sobre esse assunto lendo o livro ‘Sobrevivência em Grupo

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O que distingue um sobrevivencialista de um preparador?

Apesar de ambos terem muito em comum, podemos dizer que a diferença principal entre eles está na motivação. Um preparador tem como motivação algum evento futuro que possa ameaçar a sua vida. Se o preparador entender que a ameaça deixou de existir, ele pode deixar de se preparar, por falta da motivação. Já um sobrevivencialista estuda e treina sobrevivência por gosto, independentemente da ocorrência de um evento futuro. Se ambos fossem levados a um paraíso, onde não existissem ameaças à vida, o preparador provavelmente relaxaria suas preparações, enquanto o sobrevivencialista continuaria treinando suas habilidades ou pegaria a sua mochila cheia de equipamentos e iria treinar ou acampar, porque isso é uma das coisas que ele mais gosta de fazer. Resumindo, a diferença marcante entre ambos é que enquanto um preparador tende a adquirir soluções prontas e acumular suprimentos, um sobrevivencialista vive estudando sobrevivência e tende a desenvolver habilidades, aprender e testar novas técnicas, sendo capaz de produzir ou hackear equipamentos e suprimentos, o que não o impede de adquirir soluções prontas também por questões de praticidade ou conveniência.

Mais informações sobre esse assunto podem ser encontradas no livro: “Introdução ao Sobrevivencialismo

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Missões – Sobrevivência para Missionários

Muitos missionários se sentiriam muito mais motivados e encorajados com o ambiente em trabalho de campo se fossem treinados em Sobrevivência.
Muitos deixam de ir por medo do desconhecido e por se sentirem despreparados e sem apoio, sozinhos e sem retaguarda. 

Desde que o caçador Ninrode, o primeiro homem a ser poderoso na terra, propôs a criação da Babel e das cidades fortificadas, a atenção da humanidade foi desviada para o progresso da civilização e da cultura do conforto que nos dispensa da necessidade do domínio direto das técnicas primitivas de sobrevivência. (Gên. 10:8) O mundo civilizado nos estende um tapete vermelho que nos leva ao consumo de soluções prontas de especialistas, ao mesmo tempo que encobre os desafios da sobrevivência em ambiente selvagem. Somos a espécie mais criada em “cativeiro” que já existiu. O homem moderno se fragilizou ao evitar as dificuldades do meio ambiente, deixando de se exercitar diretamente e rotineiramente no ambiente natural e criando para si um mundo quase artificial. Por isso vemos tanta dificuldade em retornar à vida ao ar livre.

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagens.” (João 10:9) “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” (Mat. 10:16) “Adverte-lhes que estejam sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra;” (Tito 3:1) e em Lucas 22:35-38 também vemos Jesus dando orientações aos apóstolos quanto à segurança em uma missão.

Os desafios no campo missionário não se limitam à área teológica, apostólica, transcultural, linguística, financeira, batalha espiritual e obras sociais; eles vão muito além de tudo isso. Como fazer missões é basicamente um ato de ir até as pessoas e lugares (Mar. 16:15), povos ainda não alcançados pelo evangelho, e pregar para elas, não podemos negligenciar a interação com o ambiente como fator estratégico para o sucesso da missão. Mais da metade da população mundial hoje vive em áreas de risco, ou seja, mais de 3 bilhões de pessoas, inclusive em países do primeiro mundo. Catástrofes naturais como o Tsunami de 2004, a grande inundação em Mumbay em 26-07-2005 e o Katrina em New Orleans um mês depois ilustram bem essa afirmação; e a maioria dos acidentes não é divulgada.

Não precisamos nem sair para missões para vermos nossa sobrevivência ameaçada, pois riscos de vida, riscos profissionais e ambientais não são exclusividade de missionários; mas como toda guerra é uma situação de extremo risco, uma missão evangelística também não deixa de ser. A arte da guerra leva em conta nosso conhecimento sobre nós mesmos, nossas armas, nosso inimigo, nosso Deus e o conhecimento do tempo e espaço. Nossa segurança e sobrevivência estão constantemente sujeitas a todo o tipo de problemas e ameaças: culturais, psicológicas, biológicas, ambientais, econômicas, jurídicas, políticas, logísticas, espirituais, e frequentemente o maior dos obstáculos: nossa própria ignorância. O bloqueio psicológico causado pelo medo do desconhecido, os contratempos causados pela falta de um planejamento profissional, a desorientação geográfica, as falhas de comunicação, a antilogística, a falta de coordenação de um trabalho em equipe, a falta de saúde e de um condicionamento físico apropriado, a falta de habilidade com equipamentos, a falta de recursos financeiros, são alguns dos fatores concorrentes para o fracasso de uma missão.

Muitas vezes estamos bem próximos à solução de nossos problemas e não a enxergamos, devido ao abalo emocional momentâneo ou devido à imperícia ou ignorância. A Palavra de Deus nos exorta constantemente a procurarmos a sabedoria e o conhecimento, como algo que é melhor que ouro e prata e a nos revestirmos com escudos contra setas e dardos inflamados do maligno. Na falta de conhecimento brota a dúvida, uma oportunidade ansiosamente buscada pelo inimigo de nossas almas para operar seus planos malignos.

Estudar não é sair da dependência de Deus, é sair da ignorância. O treinamento nos torna aptos a resolver problemas prontamente ou a evitá-los. Esteja pronto para ir aonde for preciso agora mesmo!

O conhecimento aumenta nosso valor pessoal, profissional e social, nos livra de situações embaraçosas, é fonte de lucro, é cumulativo, nos acompanha aonde formos sem ocupar espaço, nos possibilita ajudar os outros. O conhecimento sobre sobrevivência pode nos ajudar a evitar problemas e adiar a morte, já que esta é inevitável. Esse conhecimento será providencial aos necessitados encontrados pelo caminho e também poderá ser oferecido como uma oferta generosa em retribuição aos favores que necessitarmos de outras pessoas. Muitas vezes o socorro humanitário é a porta de entrada para o socorro espiritual.

O reconhecimento de nossa imagem de autoridade e liderança pode ser fortemente abalado frente ao povo que nos recebe caso demonstremos alguma fraqueza ou desconhecimento incompatíveis com a posição de liderança que oportunamente conquistamos.

“Mais poder tem o sábio do que o forte, e o homem de conhecimento mais do que o robusto. Com medidas de prudência farás a guerra, na multidão de conselheiros está A VITÓRIA” (Provérbios 24:5-6)

Sobrevivência não é uma opção, mas uma condição de vida, uma necessidade universal – continuar vivendo apesar das circunstâncias desfavoráveis e difíceis. Se viver é algo contínuo, então o conhecimento e a sabedoria da sobrevivência se aplicam ao dia a dia, e não apenas a situações de estado de necessidade, calamidades, guerras ou situações de risco de vida. Muitas pessoas que enfrentaram algum dia uma situação de sobrevivência, antes também pensavam que nunca passariam por isso.

Os avanços no desenvolvimento de novos materiais, roupas para aventuras ao ar livre, equipamento, alimentos de emergência e técnicas têm crescido rapidamente nos últimos anos. Para aqueles iniciantes interessados em aventuras radicais, existe bastante informação disponível. Entretanto, experiência é o melhor professor em qualquer situação em ambiente selvagem e sua reação em uma situação de sobrevivência depende da sua educação. É tão fácil e provável errar quando se faz algo pela primeira vez que geralmente é o que acontece, e há situações que não darão a você uma segunda chance. Então é muito melhor errar em um treinamento assistido por instrutores competentes do que errar em uma situação real de sobrevivência. Aprenda com os erros dos outros. Até hoje todos os que passaram por treinamentos de sobrevivência voltaram muito mais seguros de suas capacidades. Isso pode fazer muita diferença em uma situação real. Aqueles que são mentalmente e fisicamente preparados para sobreviver serão os mais prováveis a fazê-lo. Para tratar com uma situação de emergência temos que saber tomar decisões, improvisar e manter a calma. Portanto, é melhor saber e não precisar do que precisar e não saber, pois a natureza não se adaptará a você, você é quem terá que se adaptar a ela. O fato de você saber o que fazer não garante que você se dará bem, mas o fato de você não saber o que fazer já é uma grande chance de você se dar mal. Às vezes, saber o que não fazer pode ser tão ou mais importante do que saber o que fazer.

Quando falamos em cursos de sobrevivência, normalmente o que vem à mente das pessoas é a imagem de um grupo de pessoas na selva, todas sujas, sem tomar banho, tentando encontrar o caminho de casa e comendo formigas e lagartas, passando fome e sede, ou tomando chuva o dia todo; um tipo de piquenique selvagem mal sucedido. Esse cenário de pesadelo na verdade trata-se de um tipo de situação muito específico e limitado, e que não consegue representar, nem de longe e nem de forma resumida, toda a riqueza de conhecimentos relacionados com a cultura de sobrevivência. Vivemos em uma época em que a expansão do conhecimento alcançou níveis tão surpreendentes que já viabilizam até uma abrangente abordagem científica, metodológica e sistematizada em forma de um curso superior, desse ramo de conhecimento tão antigo e tão fundamental, que é a epibiologia, ou seja, a ciência da sobrevivência.

A finalidade maior do estudo da sobrevivência é a geração de indivíduos sábios, fortes e preparados. A rapidez e precisão da reação de uma pessoa treinada geralmente é o fator mais decisivo na solução de problemas.

O treinamento de sobrevivência tem o objetivo de propiciar aos alunos o conhecimento básico e necessário para sobreviver em um ambiente hostil, proporcionando o conhecimento das mais modernas técnicas de sobrevivência. Despertar nos mais acomodados e alienados o interesse pela cultura da preparação e prevenção pessoal contra situações adversas que podem colocar em risco nossa sobrevivência; o desenvolvimento de nossas habilidades, perícia, técnica, autocontrole, resistência, destreza, agilidade; esse é o principal objetivo do curso / treinamento. Ao aumentarmos o nosso conhecimento a respeito de um determinado assunto, o medo do desconhecido vai diminuindo. Assim podemos evitar o pânico, pior inimigo do sobrevivente. Também ensinamos improvisos, muito necessários em situações de ausência de recursos. A quebra de mitos, tabus e paradigmas errados é outro objetivo dos cursos de Sobrevivência em Ambientes Naturais Hostis (deserto, selva, mar, montanhas, cavernas, clima frio) e em situações adversas e catástrofes, assim como a sobrevivência urbana. Desvendamos nesse curso e treinamento, técnicas aprimoradas e guardadas há anos por índios, desbravadores, civis, militares e aprimoradas por cientistas. São coisas incomuns, que não se aprende na escola tradicional, ninguém nunca te revelou, provavelmente nem seus pais e nem seus professores sabiam, mas você pode precisar a qualquer momento. Prepare-se!

Uma observação interessante quanto ao resultado da disseminação da cultura da sobrevivência em uma nação. Sabemos que o Reino Unido foi o país que provavelmente mais se beneficiou de suas explorações no período colonial e até hoje colhe os frutos de sua vanguarda. O pioneirismo de seus desbravadores, exploradores e piratas os levou e até hoje tem levado a toda a parte do mundo por todo o tipo de terreno. Também é evidente a superioridade econômica de suas ex-colônias se comparadas a ex-colônias de outras nações colonizadoras, e essa liderança, evidenciada também pela dominância da língua inglesa no mundo, se deve em grande parte à cultura herdada dos ingleses. O Reino Unido é um país onde as pessoas estão constantemente buscando superar os limites impostos pelo meio ambiente, e eles são tão bons nisso que grande parte dos recordes do Guinness book é britânica (UK). Seu notório envolvimento racional e tecnológico com o meio ambiente lhes rendeu muitas empresas e organizações de repercussão mundial. A empresa National Geographic, líder mundial em disseminação de cultura ambiental é britânica. A empresa Land Rover, tradicional montadora de veículos fora de estrada, foi fundada pelos ingleses. As empresas britânicas dos ramos de navegação e aviação estão dentre as maiores e melhores do mundo. O movimento escoteiro foi criado pelo inglês Baden Powel, nascido em Londres em 1857. Os ingleses deixaram sua marca por todo o mundo ocidental e oriental porque eles foram até onde os outros não foram, ou porque foram mais bem preparados, em melhores condições. Eles têm sido um povo ousado. Onde houver homens transpondo barreiras geográficas e ambientais, sempre tem um britânico no meio. No pico do Everest, nas ilhas mais remotas, no espaço, no fundo do mar, nos mais áridos desertos. Eles sempre estão lá. Por isso entendemos o quão importante é a cultura da sobrevivência.

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